Não. Ele não era um homem famoso. Foi um trabalhador, honrado, dedicado, extremamente responsável, talvez pela criação séria, como se diria hoje, “criado a moda antiga”.
Esse era Joaquim Luiz da Silva, o terceiro filho de uma familia de mais 4, sendo 6 homens e somente 1 mulher.
Cedo ainda já trabalhava no Laticínio de Uberaba, onde madrugava todos os dias. Ainda bem que não foi um longo periodo. Dali, foi virar varejista nas Casas Pernambucanas, onde labutou por bons anos, até que realizou um sonho, qual seja se tornar ferroviário.
Já casado, com sua linda esposa, descendente de portugueses, Dona Lurdes era a rainha do lar de Joaquim. Apesar de trabalhar tambem em uma grande industria de tecidos da época, era uma mulher prendada, honesta, admirada por todos que a conheciam e uma esposa e mãe super dedicada ao marido e a prole que iria se formar, onde teriam apenas um filho homem em meio a sete mulheres.
Joaquim, as vezes ficava vários dias fora de casa, trabalhando, em muitas ocasiões 24 horas ininterruptas, já que na época, a empresa Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, não possuia a regularidade, ou mesmo um serviço de excelância, pois, pertencia ao Governo do Estado de São Paulo, onde várias estatais dispunham de apenas administrados indicados politicamente sem nenhum conhecimento técnico.
Joaquim foi um exemplo. Viuvo, aposentado, ainda viveu muitos anos, sempre compartilhando com os filhos, alegrias, atenção, e amor, que mesmo sem receber dos pais, soube deixar para seus descendentes.
Depois de mais de vinte anos de sua partida, ele ainda é lembrado, por suas histórias, inclusive a mais famosa, de ser o campeão preferido nas escalas de serviço, pela velocidade com que manuseava as locomotivas mantendo sempre nos horários pré determinados, independente de chuvas, frio ou quaisquer circunstâncias.
A ele, a homenagem com muitas saudades de seus filhos.
Código: Joaquim