Vacina diminui risco de complicação de covid-19

Com quase 80% da população mineira tendo tomado a primeira dose da vacina contra covid-19, Minas Gerais reduziu o número de óbitos e internações, segundo boletim diário da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

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O desafio da saúde pública, neste momento, consiste em aumentar o número de mineiros com as doses necessárias dos imunizantes, conforme destaca a referência técnica de Imunização da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte, Camila Silva de Freitas. “A segunda dose e dose de reforço além de aumentar a proteção contra a doença, ajuda a prolongar essa proteção. É de fundamental importância que o esquema vacinal esteja completo”, afirma.

Estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que quase 100 mil pessoas estão com a segunda dose atrasada na capital, Belo Horizonte. Dados divulgados pela plataforma Info Tracker, da Universidade de São Paulo (USP) demonstraram que entre 1° de março e 15 de novembro de 2021, 79,7% das pessoas que morreram por covid-19 no Brasil não haviam recebido nenhuma dose da vacina. Segundo dados da plataforma da USP, 81,7% dos indivíduos internados com a doença, neste período, não estavam vacinados. Essa informação vai ao encontro de levantamento divulgado pela prefeitura de Belo Horizonte, em 9 de dezembro, em que 81% das pessoas internadas com covid-19 na cidade, entre janeiro e novembro deste ano, não tinham se vacinado contra a doença.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a pandemia de covid-19 avança em duas velocidades: a primeira delas, entre os vacinados, que, embora possam se infectar novamente, desenvolverão, na grande maioria dos casos, um quadro moderado; a segunda, entre os não vacinados, que representam entre 80% e 90% dos pacientes com infecções graves, internações e óbitos. Em entrevista coletiva realizada em 9/12, a diretora do Departamento de Imunização da OMS, Kate O’Brien, afirmou que “está muito claro que o maior risco é para os não vacinados”.

Dados do Ministério da Saúde que abrangem o período de janeiro (início da vacinação) até 22 de novembro de 2021 demonstram a segurança das vacinas aplicadas, uma vez que a chance de uma reação grave à vacina contra covid-19 é de apenas 0,005%. Foram registrados apenas 5,1 casos de eventos adversos graves a cada 100 mil doses aplicadas. Ao mesmo tempo, 1.310 brasileiros a cada 100 mil habitantes foram internados ou morreram, o que significa um risco 257 vezes maior de internação e 56,6 vezes maior de morte.

Por Leandro Heringer

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